Esquiar no Chile pode ser uma grande aventura. Mais do que você imagina... Neste relatório, dou-lhe algumas dicas para desfrutar mais da sua estadia nas estações de Los Tres Valles Chilenos

À medida que a primavera avança aqui, do outro lado do mundo, nos Andes chilenos, os primeiros flocos já estão caindo em algumas de suas estações.

Esquiar no Chile
O Chile, que em sua zona continental na América do Sul está preso entre o Oceano Pacífico e os Andes, desde o deserto do Atacama até a Patagônia chilena, tem uma oferta variada e muito diferente de neve e turismo, distribuída ao longo de seus 5.000 quilômetros de comprimento, de norte a sul. Em sua área metropolitana, a poucos quilômetros de sua capital, Santiago, existem três resorts de esqui com uma grande oferta de neve de qualidade. Eles são El Colorado / Farellones (40 km de pistas), La Parva (38 km de pistas) e Valle Nevado (37 km de pistas e 9.200 ha de área esquiável).


Esquiar no Chile

Entre os três, eles formam a maior área de esqui da América do Sul. Superando os três mil metros de altitude, que o levarão ao topo de 3.670 m no caso de Valle Nevado (9.200 ha de área esquiável), no topo do "três pontos" na área chamada Valle del Inca (3.600 m) onde as vistas para a colina "El Plomo" (5.430 m) onde, em 1954, a múmia de uma criança inca foi encontrada, guardada à direita pela colina "Bismarck" (4.650 m) e à esquerda, a colina de "La Parva" "(4.047 m) são impressionantes.

Durante minha viagem lá, pensei que por estar localizado em altitudes tão elevadas, (nas três estações, você esquia entre 2.300 de Farellones a 3.600 metros em Valle Nevado) as condições climáticas seriam bastante extremas; a verdade é que eu estava preocupado e que por ser um altiplano (é uma das áreas mais altas no meio dos Andes) o vento seria um problema e sério. 

Esquiar no Chile

No entanto, minha surpresa foi que ao longo do inverno (normalmente começa a temporada em meados ou finais de junho para terminar no final de setembro), o tempo é seco e ensolarado, com chuvas ocasionais que duraram apenas dois ou três dias e deixaram "Paquetones" de entre 50 cm e 1 metro de neve seca e fria que nos deliciava; o vento era notável por sua ausência, porque as correntes corriam de sul para norte por causa da barreira protetora da cordilheira dos Andes que dividia o continente sul-americano em dois. Uma alegria.

As temperaturas, até o final de agosto, embora frias, nunca foram extremas, e variavam entre os 5/7 graus negativos e os 2/3 positivos. O manto de neve agradecia muito e eu pude desfrutar de muitos dias de neve em pó extraordinária que mal se transformava de um dia para o outro. Para mim, uma das melhores razões para viajar para lá.


Esquiar no Chile

Claro... bom demais para ser verdade. O problema de esquiar no Chile (estendo isso a quase todas as suas estações) é que, se você não sabe, e não usa os truques que os "nativos" ou conhecedores usam, esquiar no Chile pode ser muito caro e tudo, extremamente trabalhoso e caótico para o esquiador europeu, acostumado com o nosso território, a Europa, onde tudo são facilidades e desfruta de uma ampla variedade de oferta e uma excelente relação preço/qualidade.